sábado, 16 de abril de 2011

REFLEXÃO DO DOMINGO DE RAMOS – 17/04/2011

HOSANA AO FILHO DE DAVI!
            Meus caríssimos irmãos e irmãs, durante as cinco semanas da Quaresma preparamos nossos corações pela Oração, pela penitência e pela caridade. Neste Domingo, conhecido como o Domingo de Ramos, vamos iniciar com toda a Igreja, a Celebração da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Jesus entrou em Jerusalém, sua cidade. As leituras do Domingo de Ramos serão as seguintes:
Evangelho (Mt 21,1-11)
1º- Leitura (Is 50,4-7)
Salmo Responsorial (Sl 21)
2º- Leitura (Fl 2,6-11)
Evangelho (Mt 27,11-54)
           
Meus caríssimos, o Domingos de Ramos resume em si todo o mistério pascal de glória e cruz, que acontecerá no Tríduo Sacro, ou Tríduo Pascal. Não são dois acontecimentos que se opõem, mas um fato único que mostra que a glória de Cristo é sua vida doada ao Pai na obediência.
Na Primeira Leitura, no Livro do profeta Isaias, encontramos o Cântico do Servo de Javé, que descreve a imagem misteriosa de um servidor de Deus, sofredor, que dá a sua vida pelo povo. Essa grande missão, ele a cumpre até à entrega total de si (Is 50,4-7). Esse servo é identificado com Cristo que como Davi, entra na Cidade Santa com o esplendor de um rei. Ele é manso e pacífico como o Servo. A cena da entrada de Jesus em Jerusalém é significativa no relato da Paixão. Ele vem e é acolhido por parte do povo que canta “hosana”, que quer dizer “salva-nos”. É reconhecido como o Filho de Davi em sua realeza. Mas, na mente de Jesus, seu trono é a cruz; sua coroa é de espinhos; seu manto é o sangue; sua glória é ser elevado da terra, crucificado. Ele se oferece ao Pai para que o mundo se abra a seu amor. mostra até onde vai esse amor. O sofrimento de Jesus vai além das dores. Ele sofre o peso de todos os pecados do universo. Nele fervem dois sentimentos: acolhimento do Pai que perdoa, e a recusa da humanidade. Quando abrem seu lado com a lança, está aberto o caminho para que todo ser humano possa beber nas fontes da salvação (Is 12,3).
Jesus em sua morte, esvaziou-se totalmente, como nos escreve São Paulo na Segunda Leitura (Fl 2,6-11). Esse esvaziamento é o melhor modo de revelar o projeto de Deus. Paulo, que viveu o mistério de Cristo em seu esvaziamento, convida a viver como Cristo viveu. Cristo procurou, com todas as forças, realizar o projeto do Pai: “Que não se perca nenhum daqueles que me deste”! (Jo 6, 38). Ao morrer, tinha diante de si um mundo a ser transformado. Seus discípulos, na força do Espírito que o ressuscitou, partiram para anunciar e “fazer discípulos seus todos os povos”.
Meus irmãos e irmãs, o sentido da entrega de Jesus ao Pai era abrir o caminho da Glória para todos chegarem à Casa do Pai. Celebrando hoje a glorificação de Jesus como Rei que vem para tomar posse de seu domínio; queremos não colocar simplesmente os ramos, mas nossas vidas para que delas, Ele tome posse e assim, celebraremos com toda a intensidade a Páscoa da Ressurreição.
 Desejamos a todos um final de semana repleto das graças de Deus e um início de semana abençoado. Amém.
           
Setor da Capelania Católica da Policia Militar do Amazonas
                                                                                    Pe. Nelson Pereira da Silva

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