segunda-feira, 27 de junho de 2011

13 º- DOMINGO COMUM - 26/06/2011

“QUEM VOS RECEBE ACOLHE A MIM”

Meus irmãos e irmãs, Deus nos convida e nos desafia ao despojamento total, inclusive da própria vida, a fim de que, na liberdade interior, possamos viver o dom do acolhimento generoso. Acolhamos a graça de Deus que nos reúne e nos envia como discípulos e missionários do Reino. As leituras desse Domingo são as seguintes:

1º- Leitura (2Rs 4,8-11.14-16a)
Responsório (Sl 88)
2º- Leitura (Rm 6,3-4.8-11)
Evangelho (Mt 10,37-42)

        Na antiguidade, a hospitalidade e o acolhimento aos necessitados eram valores que apresentavam um caráter sagrado. A Primeira Leitura do Livro de 2 Reis, destaca alguns aspectos importantes da acolhida. Uma mulher estrangeira, superando o preconceito nacionalista, e mesmo sem ter total conhecimento de quem era Eliseu, o acolhe em sua casa. Essa acolhida possibilita uma aproximação do profeta, que ela passa a reconhecer como “homem de Deus”. Acolher o necessitado é, acolher a graça de Deus que nos torna fecundos.
        Dessa forma, Maria, ao aceitar ser a mãe de Jesus, é o símbolo da humanidade que acolhe Deus em sua história. Na fé cristã, o batismo continua a atitude de Maria. Pelo batismo acolhemos Cristo em nossa vida. Todavia, na perspectiva da redenção, no batismo, nós é que somos acolhidos por Jesus. Acolher Jesus no batismo é viver para Deus, e morrer para o pecado. Ou seja, é hospedar Deus em nosso próprio ser. Quem assim faz, vive como ressuscitado na presente vida e é um ser humano novo. São Paulo nos lembra que se, pois morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais, a morte já não tem mais poder sobre ele (Rm 6, 8-9).
        Quem ama gratuitamente os outros, assumindo os riscos próprios dessa atitude, em sua prática está colocando Deus acima de tudo. A Religião Cristã, ela é prática de vida. O cristão sabe que quem ama, age como Deus.  “Disse Jesus: Quem ama seu pai ou a sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim (Mt 10, 37-38).
         Meus caríssimos, somos exortados a vivermos a prática da acolhida gratuita e universal a todos como nos ensina Jesus no Evangelho: “Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa”. 
        Desejamos a todos um final de semana repleta das bênçãos de Deus!

Setor da Capelania Católica da Policia Militar do Amazonas
                                                   Pe. Nelson Pereira da Silva

DOMINGO – FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE– 19/06/2011

“REVELASTES VOSSO MISTÉRIO, DEUS É UMA COMUNIDADE DE AMOR”


Meus caríssimos irmãs e irmãs, a Solenidade da Santíssima Trindade completa o sentido da Páscoa. Deus ao nos criar, já previra nossa plena redenção pelos méritos de Cristo e, nossa santificação pela efusão do Espírito Santo. Dessa forma, no mistério da Santíssima Trindade contemplamos toda a ação de Deus, que em sua divindade cria-nos para nos salvar, e salva-nos para nos santificar. As leituras desse Domingo são as seguintes:

1º- Leitura (Ex 34,4b-6.8-9)
Responsório (Dn 3,52-56)
2º- Leitura (2Cor 13,11-13)
Evangelho (Jo 3,16-18)

        Todo mistério revelado é para nossa vida que se manifesta. Não vamos compreender tudo, pois nossa compreensão é finita e a Trindade é infinita. Contudo, nossa compreensão não tem limites. Estaremos sempre compreendendo melhor.
        Deus quis se comunicar conosco, e o fez através de seu filho Jesus, que nos deu o Espírito Santo para participarmos da vida de Deus. “Porque Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo aquele que nele crê, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
        O Filho revela o Pai e nos mostra seu desejo: “que o mundo seja salvo por Ele” (Jo 3,17). A revelação de Deus tem como meta a salvação. A humanidade afastou-se de Deus. Jesus veio para redimi-la. Mais que perdoar, a missão de Jesus foi a de comunicar vida. “Quem crê no Filho tem a vida eterna”. (Jo 3,36). A revelação de Deus não se faz só por causa do pecado, mas porque Deus quis comunicar-se conosco, como Vida de nossa vida. Mais que pecado, trata-se de graça. São João diz: “Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele” (1 Jo 4,9).
        A vida nasce da comunhão com Deus. Comunhão não é somente receber a Hóstia Santa. É levar adiante a vida que recebemos no Batismo e a aprofundamos com os demais sacramentos e com nosso dia-a-dia. Comungar é amar e saber acolher o amor. Onde há amor e caridade, Deus ai está! Essa expressão de amor se estende ao outro. Englobamos com esse amor a realidade terrestre, a natureza, pois ela nos fala de Deus.
São Francisco de Assis tinha um amor universal. Crescemos nesse amor. É uma experiência pessoal. Só sabemos se amamos quando o serviço dos irmãos faz parte de nossa alegria de viver, pois vivemos para Deus quando servimos o outro. “Se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado em nós. Quem não ama o irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (Jo 4,11-12.20).
        Meus caríssimos, o mistério da Santíssima Trindade é tão sublime que nos toca profundamente, que até o silêncio é louvor. Podemos louvar. “A Vós, louvor, honra e glória eternamente”. Louvando, elevamo-nos da terra e conosco elevamos o mundo. Louvar é reconhecer o quando necessitamos de Deus e o quanto nos comprometemos em fazer do mundo um eterno reconhecimento de sua bondade e seu amor. Podemos estar distante de Deus, mas, pelo louvor Ele penetra nossas vidas e o mundo em que vivemos.
        Desejamos a todos um abençoado final de semana, e uma semana repleta das bênçãos e graças de Deus!
 
Setor da Capelania Católica da Policia Militar do Amazonas
                                                   Pe. Nelson Pereira da Silva

sábado, 18 de junho de 2011

DOMINGO - SOLENIDADE DE PENTECOSTES – 12/06/2011

“ENVIAI O VOSSO ESPÍRITO SENHOR, E DA TERRA TODA A FACE RENOVAI”!


Meus caríssimos irmãos e irmãs, o amor de Deus foi derramado em nossos corações, pelo seu Espírito que habita em nós, Aleluia! A Igreja vive no Espírito de Cristo. Agora com a vinda do Espírito Santo, aparecem os seus frutos, fazendo de nós um só coração e uma só alma, o Espírito nos ensina a falar a linguagem do amor. Tomando conta de cada um de nós podemos renovar a face da terra.  As leituras desse Domingo são as seguintes:

1º- Leitura (At 2,1-11)
Salmo Responsorial (Sl 103)
2º- Leitura (1Cor 12,3b-7.12-13)
Evangelho (Jo 20,19-23)

        A Celebração de Pentecostes coroa o tempo Pascal. A presença de Jesus, depois de sua Ascenção, pela força do Espírito Santo, é continuada na missão e atuação da Igreja. A festa de Pentecostes é a Festa da Igreja, porque vivemos o tempo do Espírito Santo no tempo da Igreja. O Espírito é dom fundamental. Está intimamente ligado à ressurreição de Jesus, que dá aos discípulos no entardecer do domingo da Páscoa. “Soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo (Jo 20, 22).
         O dom do Espírito é para a reconciliação, isto é, para que atue em nós a redenção que Jesus nos mereceu. Essa reconciliação é o fruto do grande desígnio de Deus de comunicar-se a todos os homens. Ao recebermos o Espírito, somos introduzidos na vida da Trindade. A vinda do Espírito não se reduz a um aconteciemnto histórico. Ele está sempre presente na vida da Igreja e na celebração litúrgica da festa.
        O Espírito é derramado sobre o universo, o Salmo 103: “Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai”. A santificação faz a Igreja anunciadora da vida de Deus presente no mundo. A Igreja reconhece a presença do Espírito de Deus, celebra-o e anuncia sua ação no mundo. Sua presença enche a face da terra e a santifica.
        Deus nos deu seu Espírito como dom fundamental, e com Ele, recebemos seus infinitos dons, simbolizados nos sete dons. “Desde o nascimento da Igreja, é Ele quem dá a todos os povos o conhecimento do verdadeiro Deus, e une, numa só fé, a diversidade das raças e línguas. Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam, então, apareceram línguas como de fogo que se repartiam entre eles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar conforme o Espírito inspirava e todos entendiam o anúncio das maravilhas do Senhor, como se estivessem falando em sua própria língua (At 2,1-11).
        Paulo na Segunda leitura, insiste em afirmar que os dons são muitos, mas é o Espírito que age em todos: Há diversidade de dons, há diversidade de ministérios, há diferentes atividades. A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum (1Cor 12, 3-7).
         Caríssimos, é na Eucaristia que o Espírito Santo atualiza em nós o mistério de Cristo que celebramos. Com Ele, somos uma oferta à glória da Trindade. O Pai que nos acolhe, a pedido de seu Filho, dá-nos o Espírito Santo que nos instrui, estimula e consola.
Desejamos a todos um final de semana abençoado. Fiquem com Deus que é a nossa melhor companhia!
       
Setor da Capelania Católica da Policia Militar do Amazonas
                                                   Pe. Nelson Pereira da Silva

sábado, 4 de junho de 2011

DOMINGO DA ASCENÇÃO DO SENHOR AOS CÉUS – 05/06/2011

“IDE E FAZEI DISCÍPULOS MEUS TODOS OS POVOS, BATIZANDO-OS EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO”!


Meus caríssimos irmãos e irmãs, a narrativa da Ascensão de Jesus explicita para nós sua natureza divina. Ele nos prepara para a missão. Ao voltar para junto de Deus, Ele nos confia a missão de tornar essa vontade realidade entre nós. As leituras desse Domingo são as seguintes:

1º- Leitura (At 1,1-11)
Salmo Responsorial (Sl 46)
2º- Leitura (Ef 1,17-23)
Evangelho (Mt 28,16-20)

A Solenidade da Ascensão completa o ciclo da vida terrestre de Jesus. Ela celebra o Senhor crucificado, morto, sepultado, ressuscitado ao terceiro dia, glorificado e exaltado à direita do Pai com toda glória e poder. Nos Atos dos Apóstolos está escrito: “Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo” (At 1,9).
            “Jesus sobe ao Pai para realizar seu culto sacerdotal eterno de louvor, ação de graças e intercessão, pedindo ao Pai o Espírito para todos”. Ele subiu aos céus a fim de nos tornar participantes de sua divindade”. Essa participação nós celebramos, de modo particular, na Eucaristia. Nela nos unimos ao mistério do Louvor de Cristo ao Pai, que a seu pedido (de Filho), nos dá o Espírito para a divinização.
            Depois da Ressurreição, os discípulos puderam vê-lo. “Foi a eles que Jesus se mostrou vivo, depois de sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias apareceu-lhes falando do Reino de Deus” (At 1,3). Em seguida, foi “elevado”. Todavia, os discípulos têm a certeza que tira a sombra que a nuvem faz – “Eu estarei convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20).
             A Ascensão é um aspecto do mistério de Cristo que mais toca nossa humanidade. Santo Agostinho, ao explicar nossa união em Cristo descreve: “E assim como ele subiu sem se afastar de nós, também nós subimos com Ele, embora não se tenha ainda realizado em nosso corpo o que nos está prometido... Nele, pela graça, também nós subimos”. “Ele, nossa cabeça e princípio, subiu aos céus, não para afastar-se de nossa humildade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à glória da imortalidade”.
Deste modo somos vitoriosos com Ele. Nossa humildade está glorificada. Tudo o que é do Filho é nosso. Por isso diz Paulo: “Que Ele abra o vosso coração a sua luz, para que saibais qual a esperança que seu chamamento vos dá, qual a riqueza da glória que está na vossa herança com os santos” (Ef 1,18).
             Não podemos parar na contemplação do alto, mas transformá-la em anúncio. No momento de sua partida, Jesus diz: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar a tudo o que vos ordenei!” (Mt 28,19-20) Cria-se um novo povo unido à vida da Trindade santa. É um momento em que Cristo continua entre nós, ou melhor, em nós Ele continua sua missão.
Portanto, como os discípulos foram testemunhas da ressurreição, nós seremos testemunhas da Ressurreição. Abrimos o Reino de Cristo a todos os povos. As pessoas serão conduzidas à adoração com Cristo ao Pai. Cada Eucaristia nos une a seu mistério de Ascensão.  
Desejamos a todos um final de semana abençoado. Fiquem com Deus que é a nossa melhor companhia!
           
Setor da Capelania Católica da Policia Militar do Amazonas
                                                     Pe. Nelson Pereira da Silva

6º- DOMINGO DA PÁSCOA – 29/05/2011

JESUS RESSUSCITADO, MANIFESTADO NO AMOR!


Meus caríssimos irmãos e irmãs, a liturgia desse final de semana nos preparam de forma pedagógica, para assumirmos nossa missão no mundo, através da efusão do Espírito Santo. As leituras do 6º- Domingo da Páscoa são as seguintes:

1º- Leitura (At 8,5-8.14-17)
Salmo Responsorial (Sl 65)
2º- Leitura (1Pd 3,15-18)
Evangelho (Jo 14,15-21)

Os discípulos, depois da Ressurreição, começaram a anunciar Jesus com vigor e grandes resultados. É espantoso como as multidões acorriam e se convertiam. O anúncio era seguido pela ação do Espírito Santo sobre os batizados. É a realização da promessa de Jesus: “ Se me amais, guardareis os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça para sempre convosco” (Jo 14,15-16).
O amor não é um mero sentimento gostoso, mas a observância do mandamento de Cristo. “Quem me ama, acolhe meus mandamentos e os observa, esse me ama” .
O amor de Cristo gera reciprocidade. “Quem me ama, será amado por meu Pai”. Amor é união e permanência. O Espírito permanece conosco. “Quem me ama... eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,19-21). Reforça que o fundamental é o amor. O amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5,5), é toda vida e energia provinda da Ressurreição.
            Pedro nos estimula, em sua Carta, a estarmos prontos a dar a razão de nossa esperança a todo aquele que no-la pedir (1Pd 3,14). Assim o faz diácono Filipe. O fogo do Espírito, que recebera pela imposição das mãos dos apóstolos para “servir às mesas” (Cf. At. 6,1-7) no serviço da caridade, move-o a servir à grande mesa da Palavra (cf. At. 8,4-4). Repartir a Palavra, anunciando Cristo Ressuscitado.
            A alegria da fé invadia a cidade de Samaria que acolhera o anúncio. “Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, souberam que a Samaria acolhera a Palavra de Deus, e enviaram lá Pedro e João” (At. 8,14). Os Apóstolos conferem o dom do Espírito pela imposição das mãos.
            A Igreja é sempre comunidade do Espírito. Jesus viveu com os discípulos, anunciou-lhes a Palavra e se entregou à morte. Depois de sua ressurreição eles estão ainda distantes, como se não tivessem entendido nada. Com a vinda do Espírito Santo tudo se transforma. Jesus torna-se o centro de suas vidas, de sua palavra e de suas ações. Eles são continuação viva de Jesus. “O Espírito que o Pai enviará em meu nome, é que vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse” (Jo 14,26). Jesus é a pedra de fundamento (At 4,11) sobre a qual o Espírito edifica a Igreja.
 A vida cristã é entendida a partir do Espírito. A tendência do mundo é recusá-lo. Nós nos abrimos ao Espírito, quando amamos e servimos aos irmãos. A permanência de Deus em nós, pelo Espírito Santo, se faz pelo amor: “Deus é amor. aquele que ama, permanece em Deus e Deus nele” (1Jo 4.16).
Meus caríssimos, todos nós recebemos o Espírito Santo, de modo particular no Sacramento da Crisma. Em cada Eucaristia, Ele nos é dado – “pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito em um só Corpo de Cristo, o maior dom!
Desejamos a todos um final de semana abençoado, e um início de semana repleta das bênçãos de Deus para você e seus familiares. Fiquem com Deus que é a nossa melhor companhia!

Setor da Capelania Católica da Policia Militar do Amazonas
                                              Pe. Nelson Pereira da Silva